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A voz do vento e o Sopro que me criou

Mônica Ribeiro Neves

Atualizado: 12 de jun. de 2022



"Já que procurei entender a voz do vento e o sopro que me criou, escuta-me. Eu venho a Ti como um de teus numerosos filhos.

Sou falível e pequeno, preciso de Tua sabedoria e Tua força.

Deixa-me andar na Tua beleza, e faz com que meus olhos sempre percebam o vermelho e a púrpura do entardecer….."

Esta oração, escrita à mão na parede de uma Igreja Ortodoxa da tradição Ojibwa em Novosibirsk, Rússia, foi compartilhada por Paulo Coelho em um jornal do Rio nos anos 90. Recordo-me que fiquei tão impactada com a força e a beleza das imagens que guardei-a esses anos todos.

Desde então, ela sempre retorna à minha mente, como um lembrete, nos momentos onde deixo de reconhecer a beleza e a magia nas coisas miúdas, nas coisas do cotidiano, no mais banal da rotina. E assim, acabou por despertar-me uma curiosidade:

Se algo se repete, vez após vez, não estaria esta repetição imbuída de um convite para irmos além do visível e considerar o que move "o vez após vez" ?


O poeta Manoel de Barros, nos lembra que "Que a importância das coisas há de ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós”.

Alguns dizem que corremos o risco de nos distanciarmos da importância das coisas, a tal ponto que nos tornaremos pobres em encantamentos.

Do meu lado porém, pergunto-me se será mesmo possível ficarmos desencantados da beleza do entardecer, desencantados das lições de cada folha, de cada rochedo, desencantados dos sons da natureza! Será que acabaremos desencantados da magia do sagrado em nós e em tudo que nos cerca ?


Aspiro que cada vez mais e mais pessoas sejam encantadas com o sagrado que move a vida !




A oração que jnspirou esta reflexão ”A voz do vento e o Sopro que me criou” foi publicada na íntegra no instagram @monicaribeironeves


Crédito: foto de André Fogatti

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                                                                                        QUE TODOS OS SERES SEJAM FELIZES                                                                                       



Créditos do blog:
Xilografias de J Borges
Fotos da Reserva Mãe do Ouro são do fotógrafo André Fogatti.
Desenvolvimento do Blog e Redes Sociais: Maíra Alonso
Revisão dos textos: Cecília Leonor Brescianini

 

© 2022 por Semeadura. Feito por Maíra Alonso

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