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Como me tornei um Guerreiro

monicasemeadura

Atualizado: 19 de mai. de 2023


Houve um tempo em que fugia do medo então o medo me controlava. Até que aprendi a segurar o medo como um recém-nascido. ouvi-lo, mas não ceder. Honra-lo, mas não o adorar. O medo não podia mais me impedir. Eu entrei com coragem na tempestade. Ainda tenho medo mas ele não me tem.


Houve um tempo em que eu tinha vergonha de quem eu era. Eu convidei a vergonha para o meu coração. Eu a deixei queimar. Ela me disse: "Estou apenas tentando proteger sua vulnerabilidade ". Eu agradeci à vergonha, e entrei na vida de qualquer maneira, sem vergonha, com a vergonha como minha amante.

Houve um tempo em que tive muita tristeza enterrada bem no fundo. Eu a convidei para sair e brincar. Eu chorei oceanos. Os meus canais lacrimais estavam secos. E eu encontrei a alegria ali mesmo. Bem no centro da minha tristeza. Foi o desgosto que me ensinou a amar.

Houve um tempo em que tinha ansiedade. Uma mente que não parava. Pensamentos que não silenciavam. Então parei de tentar silenciá-los. E eu larguei da mente fui para a terra, para a lama. Onde fui abraçado fortemente como uma árvore, inabalável, segura.

Houve um tempo em que a raiva queimou nas profundezas. Eu chamei a raiva para a luz de mim mesmo. Eu senti seu poder chocante. Eu deixei meu coração bater e meu sangue ferver. Escutei, finalmente. E ela gritou: "Respeite-se ferozmente agora!". "Fale a sua verdade com paixão!" "Diga não quando você quer dizer não!" "Ande o seu caminho com coragem!" "Que ninguém fale por você!" A raiva se tornou uma amiga sincera. Um guia sincero Uma linda criança selvagem.

Houve um tempo em que a solidão cortou profundamente. Eu tentei me distrair e me entorpecer. Corri para pessoas, lugares e coisas. Até fingi que estava "feliz". Mas logo eu não pude correr mais. E eu caí no coração da solidão. E eu morri e renasci em uma requintada solitude e quietude. Isso me conectou a todas as coisas. Então eu não estava em solidão, mas sozinho com toda a vida. Meu coração Um com todos os outros corações.

Houve um tempo em que fugia de sentimentos difíceis.

Agora, eles são meus conselheiros, confidentes, amigos, e todos eles têm um lar em mim e todos eles pertencem e têm dignidade.

Eu sou sensível, suave, frágil, e meus braços envolveram todos os meus filhos internos. E na minha sensibilidade, encontro poder.

Na minha fragilidade, uma presença inabalável.

Nas profundezas das minhas feridas no que eu tinha chamado de "escuridão", encontrei uma luz ardente que me guia agora em batalha.


Eu me tornei um guerreiro quando me virei para mim mesmo.

E comecei a ouvir.



Poema de Jeff Foster Foto de Maureen Bisilliat, livro “Xingu,Território Tribal” de Orlando e Cláudio Villas-Bôas


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                                                                                        QUE TODOS OS SERES SEJAM FELIZES                                                                                       



Créditos do blog:
Xilografias de J Borges
Fotos da Reserva Mãe do Ouro são do fotógrafo André Fogatti.
Desenvolvimento do Blog e Redes Sociais: Maíra Alonso
Revisão dos textos: Cecília Leonor Brescianini

 

© 2022 por Semeadura. Feito por Maíra Alonso

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